Em algumas legislaturas o silêncio na Câmara de Vereadores, ou seja, a inércia, era fato comentado em todos os noticiários políticos. Tudo acontecia sem problemas, sem brigas ou discussões. Não que isso fosse bom para a democracia, muito pelo contrário. Já diz o ditado que, da discussão, nasce a luz. Mas é bom deixar claro que existem discussões e discussões. O que se reclamava naquelas ocasiões era da passividade até mesmo da oposição, que, em minoria e com componentes pouco combativos, entrava na seara dos seguidores do rei. Agora, o que vem acontecendo hoje é uma verdadeira balbúrdia. Difícil de se entender, à luz da coerência, que até mesmo os “pássaros do ninho” estejam rebelados, embora, nas entrelinhas, se possa detectar que a questão toda tem a ver com relacionamento, provavelmente com interesses buscados e não atendidos pelo prefeito. Forma-se, então, um verdadeiro ranço político, tornando a Câmara de Vereadores uma casa de discussões ásperas, de baixo nível até. Para tornar o clima ainda mais acirrado, o alvo da vez é o vereador Gustavo Morais, que promete revidar. Sem entrar no mérito das questões, nada bom para quem tem a incumbência de legislar a favor do povo.
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