Paulo Parera vai pagar R$ 200
a APAE por ter ofendido Divaldo
No dia 22 de dezembro do ano passado, o secretário municipal Paulo Parera foi para a frente da Câmara de Vereadores, na calçada da Caixa Econômica Federal, e discursou para um pequeno grupo de ex-funcionários do Programa Esporte e Lazer da Cidade. Entre suas palavras, uma frase contundente: "Cambada de sem-vergonhas!"
A ofensa foi dirigida aos vereadores que não aprovaram na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a reedição do Esporte e Lazer. Porém, todos os vereadores se sentiram ofendidos, mas um assessor do secretário Parera disse na Câmara que a ofensa era só para os membros da CCJ. Talvez, Cláudia Souza, do PR, Ivan Casartelli, do PRB, e Ruben Salazar, do PT, líder do governo, tenham sido os parlamentares que não tomaram para si a ofensa. Os outros, todos, manifestaram repúdio às palavras do representante do governo municipal.
No entanto, apenas um vereador levou o caso à Justiça: Divaldo Lara, do PTB. Ele ingressou com ação criminal e cível no Ministério Público (MP). Sexta-feira da semana passada, dia 29 de julho, Paulo Parera aceitou a Proposta de Transação Penal, de parte do MP. Com isso, o processo criminal cessa e o secretário terá de pagar a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE/Bagé) R$ 200. Por outro lado, com o acordo, por um período de cinco anos, Parera não poderá mais recorrer a esse tipo de pena.
"Refleti e cheguei a conclusão que me excedi nas palavras", revelou o secretário, "embora a indignação permanece porque o projeto é muito importante". Ele acha justo pagar a quantia estipulada a APAE, "é uma entidade que merece, realiza um grande trabalho".
Divaldo Lara conta que esperou durante cinco meses e 25 dias a retratação, "que não veio".
A ação cível continua em andamento e prevê indenização por danos morais. Carlos Augusto Souza (Guto) e Priscilla Fischer atuam como advogados do vereador Divaldo.