Para quem chegou até este blog por acaso ou engano:
Aqui se escreve sobre a política e o modo de viver de uma cidade chamada Bagé, localizada no Sul do Rio Grande do Sul, um Estado da República do Brasil, no continente Americano do Sul. Aqui também se ironiza e se cultiva o bom humor, mas principalmente, lembra-se às autoridades que não se legisla ou governa de qualquer jeito, sem responsabilidade ou sem o olhar envolvente de quem está atento às coisas do mundo.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Emanuel Müller deve assumir
a Comunicação da Prefeitura
Emanuel Müller na cobertura das eleições 2010,
pela Rádio Difusora
O jornalista Emanuel Müller deve ser o novo coordenador de Comunicação da Prefeitura. Depois deste blog ter anunciado que o cargo seria de Angelina Quintana, a Fifa, que acabou não "fechando" as negociações, agora o nome cotado é do ex-locutor apresentador da Rádio Difusora e atual editor do jornal Folha do Sul.
Emanuel Müller deve ocupar o lugar de Marcela Mello, a coordenadora que entrará em licença maternidade. 
Se gostar e tudo correr bem, fica. 

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O afeto de Bagé
Morreu Paulo Figueredo, o Paulinho Vesgo. 
Aquele que Bagé elegeu  vereador em 2000, pelo Partido Socialista Brasileiro, com 980 votos. 
Foi o décimo mais votado numa Câmara de 21 eleitos. 
O PSB elegeu dois vereadores. O outro era Ubaldo Saraçol, que morreu em 2007. 
Paulinho não entendia de política, não gostava de política  e não se importava com essa história de ideologias partidárias. Bobagem! Pura bobagem! Assim como também nunca disse que seu negócio era o pragmatismo, que fazia as coisas sem ver cor partidária. Embora fosse possível. Mas isso não era discurso pra ele.
Paulinho... era o Paulinho Vesgo, que um dia tentou mudar seus olhos para deixar de ser vesgo e “trocar de sobrenome”. Sim. O codinome virou outro nome. Aí, não deu, porque algum médico disse que era melhor ficar com os olhos como estavam por não haver garantia na cirurgia.
Quando foi eleito vereador, em outubro de quase onze anos atrás, Paulinho não ouviu de seus eleitores, pelo menos boa parte deles, “quero ver o que tu vais fazer agora”. Não. 
Paulinho nunca ouviu de seus eleitores essa cobrança, porque eles sabiam - e só eles sabiam , mais ninguém, que votaram em Paulinho para colocá-lo no serviço público municipal. 
O povo de Bagé, como um ato de afeto, ofereceu ao seu filho vesgo uma segurança financeira por quatro anos. Era um pedido de desculpas, era uma indenização pelo bullying, pela ofensa sofrida. 
Mas, Paulinho não sabia disso. Ou sabia e se fazia de desentendido. Ele gostava de se fazer de desentendido. 
Um dia num bar na rua Monsenhor Costábile, quando era o Bar da Iza, alguém disse que se tratava de uma “brincadeira”, sua eleição era uma “gozação” das pessoas . Ele riu. Não se importou. Não comentou. Não era com ele. 
Na verdade, aquele alguém que disse o que disse para ofender Paulo Figueredo, não sabia nada de nada da alma das pessoas, da dívida imensa que brotava no coração dos bageenses. Não sabia ele que Paulinho Vesgo era filho desta terra, um filho que todos conheceram, homossexual escancarado, com mil trejeitos, alegrias e tristezas, carnaval, futebol e companheiros de trago. 
Aquele homem que tentou ofender Paulinho, revelando que tudo não passava de um trote, não sabia do abraço dos bageenses ao seu filho semianalfabeto, pobre, deficiente visual e homossexual - numa terra de machistas preconceituosos. Não sabia ele que o povo de Bagé pedia perdão oferecendo uma cadeira na mais alta casta social de sua terra, um lugar de autoridade no Poder Legislativo.
Foi feliz o Paulinho Vesgo, feliz nos lugares em que frequentava. 
Feliz com o carnaval da Aliança ou com um gol do Guarany. Feliz nos cabarés e bares de Bagé. Feliz de poder dar opinião em assuntos que não era chamado. Feliz, dentro dessas limitações que a felicidade nos impõe.   

Só para o holofote
Coisa triste é a falta de atenção e vontade de um governante. Em várias ocasiões, eventos interessantes e importantes acontecem na cidade e o prefeito ou o secretário ou o vereador aparecem um pouco para serem vistos e somem. 
Foi assim na Galponeira, domingo, dia 17, no Parque do Gaúcho. Estava na penúltima música, antes da entrega dos prêmios, quando chegou o prefeito Dudu Colombo. Na certa, avisado por algum assessor que "já está na hora de aparecer, prefeito!". Em seguida, ocorreu a solenidade de premiação, entre parabéns e "merecido" aos artistas, aquela sensação de "nem sei que música esse cara cantou".
Assim ocorreu na apresentação do Plano de Desenvolvimento Econômico, no auditório do Museu Dom Diogo de Souza, segunda-feira, 18, o presidente da Câmara Silvio Machado, a vice-presidente Jussara Carpes e o secretário Divaldo Lara não permaneceram até o fim. Foram chamados à mesa para a assinatura dos atos de governo, mas já estavam longe do local.
E isto que a Câmara patrocinou o evento com R$ 60 mil. .
A volta da "escuridão"
A vereadora Jussara Carpes, do PT, disse na Sessão Ordinária da Câmara, segunda-feira, 18, que o Projeto Reluz, aquele da iluminação pública, já está comprometido em Bagé pela falta de reposição de lâmpadas. "A cidade volta a ficar às escuras", disse Jussara. E foi além: "Talvez, o salto para o futuro anunciado na programação dos 200 possa englobar esta questão junto com a melhoria do entorno das escolas, para dar mais segurança aos alunos."

terça-feira, 19 de abril de 2011

Bases para desenvolver
Bagé e a Região da Campanha
Esta fotografia é de autoria de Leko Machado.
Mostra o prefeito Dudu Colombo comentando aspectos do Plano de Desenvolvimento Econômica. Na mesa estão autoridades, como o deputado federal Ronaldo Zulke, PT,
 e o presidente da Câmara de Bagé, Silvio Machado
Foram lançadas as bases do Plano de Desenvolvimento Econômico de Bagé- PDE, trabalho que começou a ser elaborada em julho de 2009. Assim, a Prefeitura, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, apresenta aos bageenses as estratégias, os projetos e ações para o desenvolvimento regional, baseados em três eixos: sistema de produção agropecuária, consolidação de Bagé como cidade-polo e infraestrutura e meios de financiamento e gestão.
Os três eixos são fundamentais e se completam. A seguir, um resumo do conceito de cada um dos eixos. 
1. Fortalecimento do Sistema Agroalimentar 
  Os fóruns de estudos e o grupo de trabalho demonstram a necessidade dos produtores e agentes públicos do setor primário reconhecerem os erros e enfraquecimento do setor. Só assim será possível buscar mecanismos de fortalecimento. Na matriz produtiva atual, de bovinos e ovinos, principalmente, existe uma série de gargalos relacionados à inovação e mercado. Os setores como fruticultura, apicultura, hortigranjeiros e leite tem potencial de crescimento, mas passam por enormes dificuldades. Incluem-se problemas de gestão e necessidade de aumento de produção. 
As possibilidades de fortalecer e diversificar a matriz produtiva irá passar pela capacidade de fomentar a pesquisa para o desenvolvimento local, formar recursos humanos qualificados e oferecer novas tecnologias aos agentes econômicos da cidade.
O plano de desenvolvimento prevê utilizar instituições de ensino superior, o Instituto Federal IFSUL, a Embrapa, Emater e Fepagro. O trabalho de constituir um centro gestor  de pesquisa, integrado ao Governo do Estado, fica sob responsabilidade da Prefeitura. 
Assim, com esses fundamentos, a proposta é tornar Bagé um Centro Regional de Pesquisa, novação e de Qualificação de Recursos Humanos.
Dentro desse primeiro eixo, destacam-se:
- Beneficiar as principais atividades econômicas da economia bageense;
- Potencializar outras atividades econômicas dentro do setor primário, já presentes de forma inicial. 
- Desenvolver a Região da Campanha de forma integrada com a criação da Agência de Desenvolvimento Regional.
2. Bagé Cidade Polo
O município recebe diariamente centenas de pessoas da região em busca de serviços nas áreas da saúde, educação, comércio, justiça, segurança, etc. O problema é a precariedade de dinamismo dos serviços oferecidos. Portanto, é preciso assumir a condição de cidade polo e capacitar os serviços para suprimir a demanda regional. Como disse o consultor do PDE, economista Carlos Águedo Paiva, “não é necessário concorrer com os municípios vizinhos para saber quem está crescendo mais, Bagé é a cidade polo e tem que usufruir do crescimento de Candiota, Hulha, Aceguá, Dom Pedrito...”
Objetivos: - Qualificar o tecido econômico urbano, consolidar-se como cidade turística, cultural e de lazer e articular Bagé com cidades uruguaias e argentinas (fronteiras).
3. Infraestrutura, financiamento e gestão do PDE
Nenhum dos eixos anteriores pode prosperar sem este terceiro, que é a sustentação básica. 
Na infraestrutura, as necessidades são bastante conhecidas e amplamente debatidas, como a mobilidade urbana, estradas municipais em condições, o abastecimento de água, a conclusão do anel rodoviário e a pavimentação de algumas vias troncais.
Outras carências já estão com soluções sendo buscadas, como a abertura de voos comerciais e a ampliação e reestruturação dos serviços ferroviários.
A busca de investimentos passa pela criação da Agência Regional de Desenvolvimento com um banco de projetos e escritório em Brasília.
Porém, segundo os estudos realizados, será decisivo que todas as ações sejam coordenadas pelo governo e a sociedade civil, através da criação efetiva do Forum Permanente de Desenvolvimento.
Portanto, são objetivos específicos:
- Dotar Bagé e a região de infraestrutura e logística capazes de potencializar o desenvolvimento local.
- Estruturar informações sobre instituições financeiras e disponibilizá-las ao setor produtivo, organizar projetos de financiamento, mapear alternativas, planejar e estabelecer escala de prioridades.
Entre os 20 melhores municípios
A equipe de organização do plano acredita que a realização da metas eleve Bagé no ranking dos maiores Produtos Internos Brutos dos municípios do Rio Grande do Sul da atual 290 posição para entre os 20 maiores em duas décadas, na perspectiva de longo prazo. 
Na classificação do Ìndice de Desenvolvimento Socioeconômico, que nos estudos de 2007 colocava Bagé em 340 lugar,  para uma posição entre os 20 primeiros.
Esta página extraiu o texto aqui descrito do livro do Plano de Desenvolvimento Econômico 2011-2031, lançado pela Prefeitura de Bagé, com apoio da EdiUrcamp, Banco Mundial e Câmara de Vereadores de Bagé. 
Não há dúvida que, desde Jorge Reis, em 1911, não era feito um estudo tão amplo e detalhado sobre o município, guardadas as proporções de geografia e densidade populacional.   

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ouvi dizer que o problema do PDT não é filiar mais gente, mas incentivar os já filiados a votar na convenção.
Ouvi dizer que o vereador Divaldo Lara apurou que a Prefeitura de Bagé voltou ao Cadastro de Inadimplentes (Cadin). Deve ser tema de seu pronunciamento na quinta.
Ouvi dizer que o prefeito Dudu Colombo não compareceu à reunião do PT com os vereadores porque não estava em pauta, embora o Executivo estivesse no epicentro da discussão.
Ouvi dizer que a leitura de poema de poetas bageenses por parte dos vereadores na tribuna da Câmara está destruindo obras de arte.
Ouvi dizer que o ex-prefeito Mainardi deve esclarecer essa história de passagem integrada gratuita ou não.
Ouvi dizer que o secretário Eduardo Mendes se queixou porque não foi defendido pelo atual secretário dos Transportes Milton César, na questão da passagem integrada. Calou-se.
Ouvi dizer que o sonho de Gustavo Morais em sua trajetória para a Prefeitura de Bagé é ter Sonia Leite como vice.
Ouvi dizer que a reunião da Mulher Progressista, braço do PP, hoje, terça-feira, 16h30min, na rua Marechal Deodoro, terá como tema principal a elaboração de estratégias de chamamento às mulheres.