O discurso do nada
e o aplauso dos tristes
As estapafúrdias promessas eleitoreiras do prefeito Luis
Eduardo Colombo para conseguir sua reeleição, em 2012, resultaram no caos em
que se encontra Bagé, em todos os setores, da simples arrumação de ruas às
obras inacabadas e às finanças municipais.
O que o candidato Dudu deveria ter dito na campanha
eleitoral – e não disse – chegou para a vergonha do povo bageense, do operário
ao patrão, do estudante ao diretor de escola: Bagé não tem capacidade de
investimento, não tem projetos de futuro, seja em curto, médio ou longo prazo. Bagé
nada tem a oferecer ao seu povo, aqueles que estão e aos que virão.
A cidade está quebrada e os atuais gestores municipais
sabiam que o caminho era esse, mas se calaram, deixaram acontecer, omitiram-se
na ganância do poder pelo poder.
No entanto, o prefeito continua a mentir para si e para a
população, com discursos que fogem à realidade, inventando uma cidade que não
existe, pois a real esgotou sua capacidade de investimento e sua capacidade de
endividamento.
NÃO HÁ PROJETOS, nada há, exceto o caos.
Estão aí os funcionários municipais, exauridos e
envergonhados de seu trabalho, de seus salários. Esperam há 14 anos que a
situação seja resolvida. Antes do ano 2000, era o atraso no pagamento, a partir
de 2001 passou a ser a redução dos vencimentos. Em 14 anos não houve interesse
em resolver o problema do funcionalismo, apenas empurrou-se a solução com a barriga
das ameaças.
Por outro lado, continuam por aí as promessas de
asfaltamento nas vilas e bairros de Bagé, que não acontecerão, exceto se a
população concordar em ser avalista do asfalto, dando sua casa como garantia de
que o atual prefeito e os outros que virão pagarão a dívida. Terão asfalto,sim,
mas com o risco de perder a casa.
E como se não bastasse todo esse caos, a educação e a
cultura, pilares de uma nova sociedade, forte e sólida por suas bases, não tem
projeto, não consegue vislumbrar um palmo além dos narizes de seus gestores, - incompetentes
gestores, grifa-se de passagem. Ou alguém sabe responder qual o projeto
educacional das escolas municipais de Bagé? Se não, pelo menos, alguém pode
dizer o que esperar de um Silvio Machado na Secretaria de Cultura da histórica
Rainha da Fronteira, berço de um Gaspar Silveira Martins e de um Paulo Brossard
de Souza Pinto?
Respondo. Nada.
Bagé está falida econômica, social, cultural e
politicamente. Mas, resta o discurso do senhor prefeito e o aplauso de seus
secretários. Tristes secretários, Eduardo Mendes que o diga.