Para quem chegou até este blog por acaso ou engano:
Aqui se escreve sobre a política e o modo de viver de uma cidade chamada Bagé, localizada no Sul do Rio Grande do Sul, um Estado da República do Brasil, no continente Americano do Sul. Aqui também se ironiza e se cultiva o bom humor, mas principalmente, lembra-se às autoridades que não se legisla ou governa de qualquer jeito, sem responsabilidade ou sem o olhar envolvente de quem está atento às coisas do mundo.

domingo, 4 de maio de 2014

O discurso do nada
e o aplauso dos tristes

As estapafúrdias promessas eleitoreiras do prefeito Luis Eduardo Colombo para conseguir sua reeleição, em 2012, resultaram no caos em que se encontra Bagé, em todos os setores, da simples arrumação de ruas às obras inacabadas e às finanças municipais.
O que o candidato Dudu deveria ter dito na campanha eleitoral – e não disse – chegou para a vergonha do povo bageense, do operário ao patrão, do estudante ao diretor de escola: Bagé não tem capacidade de investimento, não tem projetos de futuro, seja em curto, médio ou longo prazo. Bagé nada tem a oferecer ao seu povo, aqueles que estão e aos que virão.
A cidade está quebrada e os atuais gestores municipais sabiam que o caminho era esse, mas se calaram, deixaram acontecer, omitiram-se na ganância do poder pelo poder.
No entanto, o prefeito continua a mentir para si e para a população, com discursos que fogem à realidade, inventando uma cidade que não existe, pois a real esgotou sua capacidade de investimento e sua capacidade de endividamento.

NÃO HÁ PROJETOS, nada há, exceto o caos. 

Blá blá até para as criancinhas (foto divulgação da Prefeitura)

Estão aí os funcionários municipais, exauridos e envergonhados de seu trabalho, de seus salários. Esperam há 14 anos que a situação seja resolvida. Antes do ano 2000, era o atraso no pagamento, a partir de 2001 passou a ser a redução dos vencimentos. Em 14 anos não houve interesse em resolver o problema do funcionalismo, apenas empurrou-se a solução com a barriga das ameaças.
Por outro lado, continuam por aí as promessas de asfaltamento nas vilas e bairros de Bagé, que não acontecerão, exceto se a população concordar em ser avalista do asfalto, dando sua casa como garantia de que o atual prefeito e os outros que virão pagarão a dívida. Terão asfalto,sim, mas com o risco de perder a casa.
E como se não bastasse todo esse caos, a educação e a cultura, pilares de uma nova sociedade, forte e sólida por suas bases, não tem projeto, não consegue vislumbrar um palmo além dos narizes de seus gestores, - incompetentes gestores, grifa-se de passagem. Ou alguém sabe responder qual o projeto educacional das escolas municipais de Bagé? Se não, pelo menos, alguém pode dizer o que esperar de um Silvio Machado na Secretaria de Cultura da histórica Rainha da Fronteira, berço de um Gaspar Silveira Martins e de um Paulo Brossard de Souza Pinto?

Respondo. Nada. 
Bagé está falida econômica, social, cultural e politicamente. Mas, resta o discurso do senhor prefeito e o aplauso de seus secretários. Tristes secretários, Eduardo Mendes que o diga.