O NEPOTISMO
DE SILVIO MACHADO
E DUDU COLOMBO
ISTO É O QUE ESTÁ NA PÁGINA ON LINE DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO RIO GRANDE DO SUL:
Acolhendo pedido liminar em ação civil pública por atos de improbidade administrativa e para reparação de dano ao erário ajuizada pelo Ministério Público, a 1ª Vara Cível da Comarca de Bagé ordenou a imediata exoneração da esposa, nora e genro do Presidente da Câmara de Vereadores que ocupam cargos em comissão no Município.
A decisão judicial também determinou a revogação de Funções Gratificadas (FGs) e gratificações de 100% concedidas ao filho e outro genro do vereador que atuam junto a Câmara Municipal e a sua filha que trabalha na Prefeitura. A ação civil pública é assinada pelo promotor de Justiça André Barbosa de Borba.
Na ação, que se baseia na Súmula Vinculante 13 do STF, é postulado o reconhecimento da prática de atos de improbidade administrativa pelo Presidente da Câmara de Vereadores, Prefeito de Bagé e parentes do vereador que foram beneficiados com a aplicação das sanções correspondentes. O MP pede, ainda, o ressarcimento dos valores indevidamente recebidos.
A decisão judicial também determinou a revogação de Funções Gratificadas (FGs) e gratificações de 100% concedidas ao filho e outro genro do vereador que atuam junto a Câmara Municipal e a sua filha que trabalha na Prefeitura. A ação civil pública é assinada pelo promotor de Justiça André Barbosa de Borba.
Na ação, que se baseia na Súmula Vinculante 13 do STF, é postulado o reconhecimento da prática de atos de improbidade administrativa pelo Presidente da Câmara de Vereadores, Prefeito de Bagé e parentes do vereador que foram beneficiados com a aplicação das sanções correspondentes. O MP pede, ainda, o ressarcimento dos valores indevidamente recebidos.
COMENTÁRIO A RESPEITO DESSES TRISTES ACONTECIMENTOS DA VIDA PÚBLICA DE BAGÉ
Há um mês, mais ou menos, publiquei no FOLHA DO SUL e aqui
neste blog, um texto intitulado “Sobre político lacaio e imprensa”, que
iniciava da seguinte forma:
Tem um poema famoso do alemão Bertolt Brecht que se
refere ao “analfabeto político” - aquele que estufa o peito e se orgulha de
dizer que odeia política, mas não sabe ser ele o culpado por existir o pior de
todos os bandidos que é o político corrupto, vigarista e lacaio.
Pois bem, quase nada mudou dos anos 30, quando o poema foi escrito, para os dias de hoje. E não é preciso ir à Alemanha, Rússia ou Brasília...
O vigarista e lacaio continua por aí e por aqui, mais próximo do que a gente imagina, mais ao nosso lado que pode detectar nosso vão conhecimento da vida cotidiana.
Mas, não é impossível percebê-lo. Pois tem duas caras, uma que se manifesta na multidão de eleitores, fingindo gentileza, e outra no recôntido das ações canhestras e espúrias dos gabinetes, onde bate à mesa e chuta palavras stalinistas aos quatro ventos.
Ah, o político vigarista e lacaio, abomináveL no Legislativo e no Executivo. Na Câmara de Vereadores e na Prefeitura.
Não escrevi esse texto à toa.
Tem gente que entra para a política confiando na ignorância
universal, menosprezando a capacidade de discernimento das pessoas. Entra na
política de má fé. “O dinheiro público é o dinheiro que não precisa de
respeito, pois os ignorantes não sabem dele”, é o que pensam e assim tutelam
seus atos.
O que é esse nepotismo na Câmara e na Prefeitura, afinal?
Quem assinou a nomeação dos parentes? Quem fez isso?
Quem é o responsável pela Prefeitura?
Como alguém não mede seus atos? Como pode pensar que estará
a vida inteira impune, que não existe lei para ele?
Ou será que tais governantes dirão que não conheciam a LEI
QUE PROÍBE o emprego de parentes no serviço público?
Quando a vereadora Jussara Carpes denunciou e demitiu
“servidores” no exercício temporário da presidência da Câmara foi taxada de
“destrambelhada”, “louca”, “irresponsável” e que seus atos de nada valiam.
Também não consigo entender ser contra a corrupção até por
ali, como a MARCHA DE BAGÉ CONTRA A CORRUPÇÃO, que parou porque podia atingir
Bagé. Ora, a marcha era para além das divisas de Bagé?
Parece aquela história do comunista que divide tudo o que é
dele. Lembram?
- E se tu tivesse mil cabeça de bois, o que farias?
- Dividiria com quem não tem nada.
- E se tivesse dois mil hectares de campo?
- Dividiria com quem não tem nada.
- E se tivesse 20 casas?
- Epa! Pára lá. Vamo’ deixar de brincadeira. Isso eu tenho!
É isso. São os pesos e as medidas! Conveniência.
A pergunta sobre irregularidade na Câmara, eu, como
colunista político, já havia feito. E a resposta que me foi dada: - Não. Não
existe nada. Está tudo legal.
- E eu acreditei. Como tenho acreditado em tantas, tantas
informações “oficiais”.
É urgente que as investigações sobre nepotismo e outras
irregularidades continuem sendo feitas na Prefeitura.
Se um só tinha seis parentes empregados – e muitos sabiam
disso -, aqueles que sabiam quiseram usufruir da mesma “regalia”. Conhece-se
muito bem esse mundo para entender que a frase corrente na política é a
seguinte: “Se não deu nada com ele, não vai dar comigo!”
Investiguem e descobrirão!