Para quem chegou até este blog por acaso ou engano:
Aqui se escreve sobre a política e o modo de viver de uma cidade chamada Bagé, localizada no Sul do Rio Grande do Sul, um Estado da República do Brasil, no continente Americano do Sul. Aqui também se ironiza e se cultiva o bom humor, mas principalmente, lembra-se às autoridades que não se legisla ou governa de qualquer jeito, sem responsabilidade ou sem o olhar envolvente de quem está atento às coisas do mundo.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Bases para desenvolver
Bagé e a Região da Campanha
Esta fotografia é de autoria de Leko Machado.
Mostra o prefeito Dudu Colombo comentando aspectos do Plano de Desenvolvimento Econômica. Na mesa estão autoridades, como o deputado federal Ronaldo Zulke, PT,
 e o presidente da Câmara de Bagé, Silvio Machado
Foram lançadas as bases do Plano de Desenvolvimento Econômico de Bagé- PDE, trabalho que começou a ser elaborada em julho de 2009. Assim, a Prefeitura, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, apresenta aos bageenses as estratégias, os projetos e ações para o desenvolvimento regional, baseados em três eixos: sistema de produção agropecuária, consolidação de Bagé como cidade-polo e infraestrutura e meios de financiamento e gestão.
Os três eixos são fundamentais e se completam. A seguir, um resumo do conceito de cada um dos eixos. 
1. Fortalecimento do Sistema Agroalimentar 
  Os fóruns de estudos e o grupo de trabalho demonstram a necessidade dos produtores e agentes públicos do setor primário reconhecerem os erros e enfraquecimento do setor. Só assim será possível buscar mecanismos de fortalecimento. Na matriz produtiva atual, de bovinos e ovinos, principalmente, existe uma série de gargalos relacionados à inovação e mercado. Os setores como fruticultura, apicultura, hortigranjeiros e leite tem potencial de crescimento, mas passam por enormes dificuldades. Incluem-se problemas de gestão e necessidade de aumento de produção. 
As possibilidades de fortalecer e diversificar a matriz produtiva irá passar pela capacidade de fomentar a pesquisa para o desenvolvimento local, formar recursos humanos qualificados e oferecer novas tecnologias aos agentes econômicos da cidade.
O plano de desenvolvimento prevê utilizar instituições de ensino superior, o Instituto Federal IFSUL, a Embrapa, Emater e Fepagro. O trabalho de constituir um centro gestor  de pesquisa, integrado ao Governo do Estado, fica sob responsabilidade da Prefeitura. 
Assim, com esses fundamentos, a proposta é tornar Bagé um Centro Regional de Pesquisa, novação e de Qualificação de Recursos Humanos.
Dentro desse primeiro eixo, destacam-se:
- Beneficiar as principais atividades econômicas da economia bageense;
- Potencializar outras atividades econômicas dentro do setor primário, já presentes de forma inicial. 
- Desenvolver a Região da Campanha de forma integrada com a criação da Agência de Desenvolvimento Regional.
2. Bagé Cidade Polo
O município recebe diariamente centenas de pessoas da região em busca de serviços nas áreas da saúde, educação, comércio, justiça, segurança, etc. O problema é a precariedade de dinamismo dos serviços oferecidos. Portanto, é preciso assumir a condição de cidade polo e capacitar os serviços para suprimir a demanda regional. Como disse o consultor do PDE, economista Carlos Águedo Paiva, “não é necessário concorrer com os municípios vizinhos para saber quem está crescendo mais, Bagé é a cidade polo e tem que usufruir do crescimento de Candiota, Hulha, Aceguá, Dom Pedrito...”
Objetivos: - Qualificar o tecido econômico urbano, consolidar-se como cidade turística, cultural e de lazer e articular Bagé com cidades uruguaias e argentinas (fronteiras).
3. Infraestrutura, financiamento e gestão do PDE
Nenhum dos eixos anteriores pode prosperar sem este terceiro, que é a sustentação básica. 
Na infraestrutura, as necessidades são bastante conhecidas e amplamente debatidas, como a mobilidade urbana, estradas municipais em condições, o abastecimento de água, a conclusão do anel rodoviário e a pavimentação de algumas vias troncais.
Outras carências já estão com soluções sendo buscadas, como a abertura de voos comerciais e a ampliação e reestruturação dos serviços ferroviários.
A busca de investimentos passa pela criação da Agência Regional de Desenvolvimento com um banco de projetos e escritório em Brasília.
Porém, segundo os estudos realizados, será decisivo que todas as ações sejam coordenadas pelo governo e a sociedade civil, através da criação efetiva do Forum Permanente de Desenvolvimento.
Portanto, são objetivos específicos:
- Dotar Bagé e a região de infraestrutura e logística capazes de potencializar o desenvolvimento local.
- Estruturar informações sobre instituições financeiras e disponibilizá-las ao setor produtivo, organizar projetos de financiamento, mapear alternativas, planejar e estabelecer escala de prioridades.
Entre os 20 melhores municípios
A equipe de organização do plano acredita que a realização da metas eleve Bagé no ranking dos maiores Produtos Internos Brutos dos municípios do Rio Grande do Sul da atual 290 posição para entre os 20 maiores em duas décadas, na perspectiva de longo prazo. 
Na classificação do Ìndice de Desenvolvimento Socioeconômico, que nos estudos de 2007 colocava Bagé em 340 lugar,  para uma posição entre os 20 primeiros.
Esta página extraiu o texto aqui descrito do livro do Plano de Desenvolvimento Econômico 2011-2031, lançado pela Prefeitura de Bagé, com apoio da EdiUrcamp, Banco Mundial e Câmara de Vereadores de Bagé. 
Não há dúvida que, desde Jorge Reis, em 1911, não era feito um estudo tão amplo e detalhado sobre o município, guardadas as proporções de geografia e densidade populacional.