Para quem chegou até este blog por acaso ou engano:
Aqui se escreve sobre a política e o modo de viver de uma cidade chamada Bagé, localizada no Sul do Rio Grande do Sul, um Estado da República do Brasil, no continente Americano do Sul. Aqui também se ironiza e se cultiva o bom humor, mas principalmente, lembra-se às autoridades que não se legisla ou governa de qualquer jeito, sem responsabilidade ou sem o olhar envolvente de quem está atento às coisas do mundo.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Paulo Parera vai pagar R$ 200
a APAE por ter ofendido Divaldo
No dia 22 de dezembro do ano passado, o secretário municipal Paulo Parera foi para a frente da Câmara de Vereadores, na calçada da Caixa Econômica Federal, e discursou para um pequeno grupo de ex-funcionários do Programa Esporte e Lazer da Cidade. Entre suas palavras, uma frase contundente: "Cambada de sem-vergonhas!"
A ofensa foi dirigida aos vereadores que não aprovaram na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a reedição do Esporte e Lazer. Porém, todos os vereadores se sentiram ofendidos, mas um assessor do secretário Parera disse na Câmara que a ofensa era só para os membros da CCJ. Talvez, Cláudia Souza, do PR, Ivan Casartelli, do PRB, e Ruben Salazar, do PT, líder do governo, tenham sido os parlamentares que não tomaram para si a ofensa. Os outros, todos, manifestaram repúdio às palavras do representante do governo municipal.
No entanto, apenas um vereador levou o caso à Justiça: Divaldo Lara, do PTB. Ele ingressou com ação criminal e cível no Ministério Público (MP). Sexta-feira da semana passada, dia 29 de julho, Paulo Parera aceitou a Proposta de Transação Penal, de parte do MP. Com isso, o processo criminal cessa e o secretário terá de pagar a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE/Bagé) R$ 200. Por outro lado, com o acordo, por um período de cinco anos, Parera não poderá mais recorrer a esse tipo de pena.
"Refleti e cheguei a conclusão que me excedi nas palavras", revelou o secretário, "embora a indignação permanece porque o projeto é muito importante". Ele acha justo pagar a quantia estipulada a APAE, "é uma entidade que merece, realiza um grande trabalho".
Divaldo Lara conta que esperou durante cinco meses e 25 dias a retratação, "que não veio".
A ação cível continua em andamento e prevê indenização por danos morais. Carlos Augusto Souza (Guto) e Priscilla Fischer atuam como advogados do vereador Divaldo.