Para quem chegou até este blog por acaso ou engano:
Aqui se escreve sobre a política e o modo de viver de uma cidade chamada Bagé, localizada no Sul do Rio Grande do Sul, um Estado da República do Brasil, no continente Americano do Sul. Aqui também se ironiza e se cultiva o bom humor, mas principalmente, lembra-se às autoridades que não se legisla ou governa de qualquer jeito, sem responsabilidade ou sem o olhar envolvente de quem está atento às coisas do mundo.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O jornal que pediu
"Calma, Lia Quintana"
Lia Quintana - Foto Decom/Urcamp
Uma repórter do Jornal Folha do Sul foi até a Reitoria da Urcamp solicitar informações sobre o PROESC, o programa comunitário de acesso ao ensino superior. Não deu boa coisa. A reitora, recém empossada, Lia Quintana disse que... 
É melhor ler o editorial, na íntegra:
É preciso mais calma
Ontem (dia 18 de janeiro) a redação do Folha do Sul viveu um dia um pouco atípico. Não no relacionamento entre colegas dos diferentes setores do jornal. Mas pelo tratamento muitas vezes dispensados pelas fontes (de informação). Tudo bem, é fato, existem gênios e personalidades diferentes. Alguns fortes, outros nem tanto. Só no dia em que faltar respeito é que haverá uma reação. É a Lei da Física, aprendemos nos bancos escolares. 
Uma das repórteres tentou contatar a reitora da Urcamp, Lia Quintana, procurando informações sobre o andamento do Programa de Ensino Superior Comunitário - Proesc. Afinal, o interesse não é apenas de jornalistas, mas de uma região inteira. A oportunidade de estudar um curso superior chegou às mãos de muita gente graças ao Proesc. Por razões desconhecidas a reitora praticamente destratou a repórter. Disse que havia sido realizada uma matéria errada. Que não tinha informação alguma para dar. E que só era para ser publicado aquilo que viesse pela assessoria de comunicação da Urcamp. 
Professora Lia... repense sua atitude. Talvez a senhora não conheça a frase, mas ela existe: não estrague com patas o que levou anos para ser construído com mãos. Se houve erro de informação que a descontentou era fácil resolver: contatar a equipe. O pecado da omissão não veio pela Folha do Sul. A retificação sairia na mesma hora. Mas como reitora da universidade a senhora é, sim, obrigada a fornecer informações aos veículos de comunicação da região. Afinal, milhares de estudantes e seus colegas professores a elegeram como o símbolo de uma mudança de postura. E isso passa por transparência. E quanto a publicar somente aquilo que a Urcamp deseja, bem, cremos que existem outros meios de comunicação que possam estar sujeitos a isso - e mesmo assim sabemos que o fazem não por erros de conduta profissional mas por defeitos administrativos de alguns anos. 
Este editorial não é uma porta que se fecha e sim uma esperança que se renova. 
Vamos seguir procurando a reitora e qualquer outro responsável pela universidade quando for preciso - até pelo fato de a grande maioria dos profissionais da Folha do Sul estarem formados graças a ela. Mas tudo passa pelo respeito. E isso não é pedido, é exigência.