Para quem chegou até este blog por acaso ou engano:
Aqui se escreve sobre a política e o modo de viver de uma cidade chamada Bagé, localizada no Sul do Rio Grande do Sul, um Estado da República do Brasil, no continente Americano do Sul. Aqui também se ironiza e se cultiva o bom humor, mas principalmente, lembra-se às autoridades que não se legisla ou governa de qualquer jeito, sem responsabilidade ou sem o olhar envolvente de quem está atento às coisas do mundo.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011


O massacre que

 veio da tribuna
Nesta quinta-feira pela manhã, o vereador Gustavo Morais, PMDB, 

recebeu ataque de todos os lados na Sessão Representativa da Câmara. 
Em período de recesso, acontecem sessões representativas às quintas-feiras, formada por uma comissão de três vereadores com poderes limitados. 
Porém, ontem foi diferente. Dos onze vereadores do Legislativo bageense, oito compareceram: Silvio Machado, Jussara Carpes, Divaldo Lara, Téia Pereira, Edgar Franco, Adriana Lara, Cláudia Souza e Gustavo. 
Alguns estranharam a presença expressiva e deduziram que era o fenômeno “big brother”. Ou seja, a transmissão ao vivo pela TV Câmara. Parece que não. O motivo era concreto, com nome, CPF e votos: Luis Gustavo Moreira de Morais, do PMDB.


Quando Adriana Lara (foto) foi à Tribuna da Câmara dirigiu sua palavra a ele, Gustavo. 
“O senhor consegue brigar com todo mundo, inclusive todos os seus pares”, começou o pronunciamento. Adriana se referia ao que disse o parlamentar na semana passada quando declarou que não era autor de denúncia à Promotoria sobre diárias da vereadora. Ela entendeu como algo malicioso por parte de Gustavo e citou que agora a Câmara tem o Portal Transparência, onde a população pode saber das viagens. E não parou por aí. Adriana Lara disse que a “casa” é para o debate e Gustavo extrapola. “Sou de paz, mas sei me defender. Não me tome por mulher frágil.”



Em seguida foi a vez de Jussara Carpes (foto ao lado) atacar o vereador, que pouco antes havia citado a morte do irmão de Luiz Fernando Mainardi, chamado Ilimar. “É quem o ex-prefeito disse não conhecer nas emissoras de rádio”, lembrou Gustavo. Ilimar é confirmado “irmão” em nota da assessoria de Mainardi. 
O vereador do PMDB denunciou que Ilimar teria dado R$ 300 mil à empresa  Stadtbus, a mesma que faz o transporte coletivo em Bagé. E arrematou: “O maior ato de corrupção que esta cidade já presenciou é o processo de licitação do transporte coletivo.”
Jussara defendeu Mainardi, repudiou as palavras de Gustavo e transmitiu os pêsames à família do falecido, não sem antes ter reafirmado que a Câmara, “não se reúne de portas fechadas”, como Gustavo acusou, e  deixou uma frase no ar: “Acho que o senhor está se reunindo com petistas fora daqui.” Ao final, Jussara avisou: “O senhor já agrediu as vereadoras Teia e Carminha (Vargas) na CPI, a mim o senhor não vai agredir.”


Quando chegou a vez de Divaldo Lara ir à tribuna (foto), imaginava-se que os ataques, já deferidos por Téia Pereira e Edgar Franco, além dos citados, teriam acabado. Que nada! Divaldo mostrou uma papelada e anunciou que ali estava a “folha corrida de Gustavo Morais, buscada no Forum”. E lembrou que o parlamentar do PMDB gosta de dar telefonemas com ameaças e diz-que-diz e que com ele, Divaldo, era diferente. Também citou a insinuação do vereador na Rádio Cultura sobre o projeto do concurso para a Saúde, entre outros, em que tentava apontar culpados pela não garantia dos empregos entre os colegas de Câmara.   Divaldo acusou Gustavo de ter trancado o projeto dos agentes de saúde que tramitava há 40 dias. “Ele pediu vistas e não leu”, afirmou.
Sem a mínima disposição de cessar sua fala, o vereador do PTB tomou as dores da irmã Adriana, declarou a união da família, “que não tem as mãos sujas”. Em resumo, alertou: Mexeu com um, mexeu com todos. 
Foi uma sessão com palavras fortes e contundentes, bem mais que as citadas aqui e o espaço permite. Quem quiser ver na íntegra tem oportunidade no canal 16 da NET (repete às 18h de hoje e no final de semana).  

Gustavo: “Não fico calado
O vereador Gustavo Morais não pode se defender porque já havia falado quando começaram os ataques. Disse ao colunista que não é de ficar calado, vai se defender. Também declarou que não fez denúncia contra Adriana Lara. Não sou de acusar todo mundo. Minhas acusações todos conhecem. 
Quanto a processos, são referentes à Prefeitura, ao ex-prefeito Mainardi e algumas questões trabalhistas que considera normal