Para quem chegou até este blog por acaso ou engano:
Aqui se escreve sobre a política e o modo de viver de uma cidade chamada Bagé, localizada no Sul do Rio Grande do Sul, um Estado da República do Brasil, no continente Americano do Sul. Aqui também se ironiza e se cultiva o bom humor, mas principalmente, lembra-se às autoridades que não se legisla ou governa de qualquer jeito, sem responsabilidade ou sem o olhar envolvente de quem está atento às coisas do mundo.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011


Dudu e Mainardi 
2012 já começou

O secretário de Agronegócio do Estado, Luiz Fernando Mainardi, estará, ainda uma vez, em visita à região neste final de semana. Participará em Livramento da abertura da colheita da uva na Metade Sul. Nesse meio tempo, ao que tudo indica, dá com “os costados” em Bagé. 
Mainardi não vai desgrudar os pés da cidade onde nasceu para a política e se tornou vereador, deputado federal, prefeito duas vezes e agora deputado estadual eleito. 
Mainardi tem planos políticos para Bagé. Vê a cidade como a chácara onde fez a cerca, pintou, arou a terra, plantou e colheu durante toda a vida. Um dia teve de viajar e um herdeiro, filho de um primo segundo, tomou conta. Começou mudando as cores da cerca, cravou vidros quebrados, depois eletrificou e proibiu a entrada. 
O pior de tudo é que o herdeiro para chegar e tomar conta, mentiu ao caseiro que foi mandado pelo dono e mostrou até uma autorização assinada. O caseiro acreditou, afinal o sobrenome é o mesmo: PT.   
Essa Mainardi não consegue engolir. 
Por outro lado, o novo proprietário, Dudu Colombo, teve uma vida inteira de luta e trabalho, e foi por isso que ganhou o direito de administrar a propriedade, a mesma chacrinha que Mainardi jura que é sua. Mas errou quando não disse que seu jeito de administrar seria muito diferente. 
O capataz pensou que tudo continuaria na mesma, como havia dito seu antigo patrão e o novo que chegava.
O problema nessa história infestada de alegorias é a verdade entranhada no dia a dia de um e outro. Eles não conseguem se olhar. No Camaquã, na interiorização do Estado em Piratini ou na Capital, qualquer um pode perceber que eles não se bicam. 
Assim, o ano de 2011 será atípico para esses dois. O mundo político de Bagé pode ter certeza que novidades rondarão o cenário a todo momento.  
A eleição de 2012 começa agora com as movimentações desses medalhões e suas correntes partidárias e grupos externos. 
Jamais na história desse município uma eleição foi disputada dentro de um mesmo partido, independente de quem corra por fora. 
Assim, a partir de agora, todos os dias e não apenas o fim de semana serão de colheita para Mainardi, aquele que quer voltar à chácara, nem que seja só para visitar. 
Enquanto isso, Dudu terá que provar sua hegemonia partidária, mesmo à frente do poder, submetido ao desgaste do cargo.