Para quem chegou até este blog por acaso ou engano:
Aqui se escreve sobre a política e o modo de viver de uma cidade chamada Bagé, localizada no Sul do Rio Grande do Sul, um Estado da República do Brasil, no continente Americano do Sul. Aqui também se ironiza e se cultiva o bom humor, mas principalmente, lembra-se às autoridades que não se legisla ou governa de qualquer jeito, sem responsabilidade ou sem o olhar envolvente de quem está atento às coisas do mundo.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Sessão para Gustavo Morais mirar
nos irmãos Adriana e Divaldo Lara
Gustavo: Trabalho desde os 14 anos...
No início da Sessão da Comissão Representativa da Câmara Municipal na manhã desta quinta-feira, 27, a vereadora Teia Pereira, do PT, chamou a atenção para o procedimento dos colegas parlamentares quanto às desavenças dos últimos meses: “Há quem diga que a TV Câmara parece o Programa do Ratinho.”
Para quem não assiste, o Programa do Ratinho, do canal SBT, é uma verdadeira esculhambação e uma falta de respeito ao ser humano sem precedentes na TV brasileira. E para quem não acompanha os acontecimentos da Câmara de Bagé, tem ocorrido desavenças aos montes. 
Ontem, a expectativa era para a resposta de Gustavo aos ataques que recebeu no dia 13 de janeiro.  
Com problema na coluna vertebral. Caminhando de devagar e, quando parado, apoiando o pé esquerdo sobre uma lata de tinta Suvinil... O vereador Gustavo chegou ao plenário como se fosse instruído por um marqueteiro tipo Duda Mendonça, aquele do Mensalão, de inúmeras campanhas políticas. Mas, não. O problema parecia grave, mesmo. 
“Fui enxovalhado...” Começou. Sem exaltação. Lembrou que não acusou Adriana Lara sobre diárias, porque suas acusações são públicas. Então, resolveu mirar com exclusividade em Divaldo Lara, aquele que teria sido o mais feroz e contundente crítico. O que não deixa de ser verdade.
“Trabalho desde os 14 anos com carteira assinada. Não ficava dormindo até meio-dia...” Depois falou sobre o emprego de Divaldo no Gabinete da irmã, Adriana, vereadora em 2001, em seguida, citando o rompimento familiar com o deputado Luis Augusto Lara, lá por volta de 2004/2005, Gustavo disse que Divaldo conseguiu um cargo na Secretaria de Habitação do Governo Mainardi. 
Não havia dúvida. A raiva se concentrara na família do Morro da Cebola, os Lara. Aí, descambou para as suposições, como “não me elegi dando sacolão...” Gustavo Morais se defendia da acusação de ter sido eleito “assoprando hidrômetros”. 
Neste momento volta o marqueteiro Duda Mendonça e o vereador pega um hidrômetro e assopra. “Fiz isso para defender o povo humilde que é explorado com o pagamento do excesso de água. O ar movimento o marcador do hidrômetro, sim.”
“Eu tenho dois assessores, que a Casa permite a um vereador”, disse Gustavo. E olhou para Divaldo: “E o senhor tem dez!”
“O senhor tem uma ONG que arrecadou 260 mil em 2009. Quero que o Ministério Público investigue isso.”
Por fim, enfatizou que tem as mãos limpas. Mesma frase que o vereador do PTB utilizou na sessão de 13 de janeiro.   
A TRÉPLICA DE DIVALDO
Divaldo: Gustavo não faz nada e o mandato é caro
Divaldo Lara tentou um outro caminho. Revelou que não queria tratar das acusações de Gustavo, queria mostrar o seu trabalho, a ida a Porto Alegre para solucionar o problema dos servidores da Saúde, queria que a população soubesse do trabalho dos vereadores e citou as 25 toneladas de alimentos (era 21, chegaram mais 4) que a irmão Adriana conseguiu para Bagé. 


Mas, foi impossível fugir do tema. 
- O senhor não produz nada, verador Gustavo. E o seu mandato custa caro. 
Citou que em 2009 e 2010 o peemedebista passou o tempo inteiro envolvido em denúncias e CPI. 
- O senhor pegou um canivete e disse que ia degolar o vereador Ruben Salazar. Foi impedido pelo procurador Eduardo Deibler. 
Neste momento, Divaldo aproveitou para dizer que num dia Gustavo homenageia a Igreja Evangélica e no outro pega o canivete.
Fora da Tribuna, Divaldo declarou que a ONG cita pertence aos atletas bageenses de alto rendimento. “Eles fazem projetos de campeonatos, viajam para competir... O que o Gustavo diz só publica com documento.”