Para quem chegou até este blog por acaso ou engano:
Aqui se escreve sobre a política e o modo de viver de uma cidade chamada Bagé, localizada no Sul do Rio Grande do Sul, um Estado da República do Brasil, no continente Americano do Sul. Aqui também se ironiza e se cultiva o bom humor, mas principalmente, lembra-se às autoridades que não se legisla ou governa de qualquer jeito, sem responsabilidade ou sem o olhar envolvente de quem está atento às coisas do mundo.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Está no ClicRBS

MPF recomenda ao Ibama suspensão de operações em usinas de Candiota

Segundo o órgão, complexo estaria emitindo gases em níveis acima do permitido

O Ministério Público Federal (MPF) enviou duas recomendações ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pedindo a suspensão das operações do complexo termelétrico Candiota - Fases A e B no prazo de 15 dias. O MPF solicita ainda a anulação da licença de operação da Fase C de Candiota, concedida em 29 de dezembro de 2010. 

Segundo o órgão, o motivo da recomendação é a constatação de que o complexo emite gases em níveis acima do limite permitido, oferecendo riscos ao meio ambiente e à saúde da população de Candiota. A fase C da usina seria inaugurada pela presidente Dilma Rousseff no mês passado, mas a cerimônia foi adiada e ainda não foi divulgada nova data para o evento.
Na recomendação enviada ao Ibama, assinada pela procuradora da República no município de Bagé, Paula Schirmer, o MPF também pede ao órgão que se abstenha de conceder licenças ambientais a Candiota até que seja atestada a viabilidade ambiental do empreendimento.
Segundo a recomendação, a Companhia de Geração Termelétrica de Energia Elétrica (CGTEE) tem violado pelo menos desde 2005 os padrões de emissão estabelecidos pelo Ibama e resolução do Conama nos parâmetros de material particulado, óxidos de nitrogênio (NOX) e dióxido de enxofre (SO2). No texto, a procuradora ressalta que um parecer técnico do Ibama reconhece que ainda não foi feito o monitoramento atmosférico, tornando impossível a avaliação de riscos.
O presidente da CGTEE, Sereno Chaise, admite os problemas nas Fases A e B de Candiota, mas assegura que a C, recém colocada em operação, atende a legislação ambiental. A saída para o impasse, acredita Chaise, é o diálogo com o Ibama.
— Vamos pedir um prazo para adequar tudo de acordo com a lei.

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MPF recomenda suspensão de operações do Complexo Candiota no RS

RIO - O Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul recomendou ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a suspensão das operações do Complexo Termelétrico Candiota, no Rio Grande do Sul.
O MPF estabeleceu o prazo de 15 dias para a ação do Ibama e pediu a anulação da licença de operação da usina de Candiota 3, Fase C, concedida em 29 de dezembro do ano passado.

Em nota, o MPF informou ainda que pediu que o órgão ambiental se abstenha de conceder qualquer licença para o complexo até que seja atestada a viabilidade ambiental do empreendimento.

"Conforme apurado pelo Ministério Público Federal, a empresa Companhia de Geração Termelétrica de Energia Elétrica (CGTEE) tem violado sistematicamente, pelo menos desde 2005, os padrões de emissão estabelecidos pelo Ibama e resolução Conama nos parâmetros de material particulado, oxidos de nitrogênio (NOX) e dióxido de enxofre (SO2)", diz a nota divulgada pelo Ministério Público.

Segundo a procuradora da república em Bagé, Paula Schirmer, o parecer técnico do Ibama comprova que, de maneira geral, as concentrações emitidas de dióxido de enxofre, óxidos de nitrogênio e material particulado estão muito acima dos limites máximos estabelecidos.

"Dados de setembro de 2010, para a Fase A, mostram violações dos limites máximos para o gás dióxido de enxofre em oito vezes e para o material particulado em seis vezes e meia. Já na Fase B, observam-se violações dos limites máximos para o gás SO2 em 3,35 vezes e para o material particulado em 26 vezes", ressalta a nota do MPF.

Na recomendação, Paula Schirmer ressalta que o próprio parecer técnico do Ibama reconhece não ter sido realizado ainda o monitoramento atmosférico.

(Rafael Rosas | Valor)