Para quem chegou até este blog por acaso ou engano:
Aqui se escreve sobre a política e o modo de viver de uma cidade chamada Bagé, localizada no Sul do Rio Grande do Sul, um Estado da República do Brasil, no continente Americano do Sul. Aqui também se ironiza e se cultiva o bom humor, mas principalmente, lembra-se às autoridades que não se legisla ou governa de qualquer jeito, sem responsabilidade ou sem o olhar envolvente de quem está atento às coisas do mundo.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Feriadão, política e desenvolvimento
Desde o final do ano passado, não havia ocorrido uma pausa do tamanho de um feriadão nesse blog. 
Necessário. Estou em licença do JORNAL FOLHA DO SUL até o fim do mês. 
Uma campanha eleitoral prematura está em andamento, caso siga escrevendo Pílulas Políticas no jornal só poderei parar após a eleição municipal de 2012. Isto significa segunda quinzena de outubro do ano que vem. 
É preciso refletir. Acredito que a coluna exerça alguma influência na vida político-partidária de Bagé. Pelo bem, pelo futuro da nossa aldeia, é preciso fazer a coisa certa. 
Chega de aventuranças. Chega dessa mania desenvolvimentista sem escrúpulo que pode tornar essa cidade uma terra de ninguém. 
Outro dia, conversando com um PM do policiamento ostensivo, ouvi que a cada ano que passa Bagé está se tornando mais violenta. Os números que vi assustam.
Não deveria ser assim. Mas, dá tempo de reverter a situação. 
Não é possível que com equipamentos municipais e estaduais em todos os bairros, como escolas - e isso significa acesso às pessoas - não seja feito um trabalho socio-educacional consciente, planejado. Não existe nada mais forte que ter uma centena de escola e outras centenas de professores a disposição para transformar a sociedade. 
O Ministério da Educação e o Ministério do Desenvolvimento Social estão abertos a projetos que revolucionem a comunidade, dinheiro há, falta mentalidade e vontade para fazer. 
É excelente ter universidades. Melhor ainda é ter universidades inseridas na transformação sócio-cultural das famílias que enxergam o ensino superior a milênios de anos luz. Esta transformação começa na escola básica, começa na casa do aluno. 
A universidade não pode servir apenas como motivo para que o empreendedorismo acéfalo desencadeie uma série de negócios fajutos, utilizando como desculpa o desenvolvimento da cidade e a velha lenga-lenga do "emprego e renda", que tudo pode e tudo faz para destruir. 
Bagé precisa pensar o que está fazendo com o seu presente. Desenvolvimento é bom quando é pensado e quando prioriza o ser humano. 
Muitos querem shopping center, sem saber por que. Outros querem apenas água encanada 24 horas por dia. E, ainda outros, querem uma chance para saber o que querem.   
gladimir aguzzi