Para quem chegou até este blog por acaso ou engano:
Aqui se escreve sobre a política e o modo de viver de uma cidade chamada Bagé, localizada no Sul do Rio Grande do Sul, um Estado da República do Brasil, no continente Americano do Sul. Aqui também se ironiza e se cultiva o bom humor, mas principalmente, lembra-se às autoridades que não se legisla ou governa de qualquer jeito, sem responsabilidade ou sem o olhar envolvente de quem está atento às coisas do mundo.

segunda-feira, 28 de março de 2011

O vereador da TV
Gustavo Morais e a Erva de Passarinho
Ninguém está usando melhor a oportunidade de aparecer num canal de TV que o vereador Gustavo Morais. Ele entendeu que a TV Câmara, mesmo em canal fechado, transmitido pela Net, pode ser um grande instrumento de divulgação de seu trabalho. Essa percepção vem desde o princípio das transmissões, quando era secretário diretivo da Câmara e aparecia todo o tempo em todas as sessões, quer lendo a ata, quer anunciando os projetos e requerimentos... 
Quando Gustavo Morais fala na tribuna, ele se dirige ao telespectador que está em casa, usa sempre terno e gravata, cabelos alinhados e barba aparada. Ele sabe que a Net em Bagé tem em torno de 8 mil assinantes e já fez o cálculo de familiares e amigos desses assinantes.
Os programas alternativos da TV, como Um Problema a Resolver, são muito bem aproveitados pelo vereador. Se a equipe de produção avisa que tem alguma gravação que requer sua participação, não deixa pra depois. 
Gustavo Morais entendeu isso há muito tempo e melhor ainda quando percebeu que as pessoas notaram sua performance. 
Na Sessão Ordinária dessa segunda-feira, 28, ele levou ao plenário galhos da árvore Erva de Passarinho, "uma praga", como anunciou. Sem entrar no mérito de seu protesto contra alguns feitos da Prefeitura, a árvore serviu para chamar a atenção. Antes, já havia soprado um hidrômetro para mostrar que o vento (nos canos sem água) move o ponteiro e causa gasto/ou excesso.  
Porém, o mais significativo nisso tudo dessa teatralização televisiva, é que não fica ridículo, porque o discurso tem fundamento.