Para quem chegou até este blog por acaso ou engano:
Aqui se escreve sobre a política e o modo de viver de uma cidade chamada Bagé, localizada no Sul do Rio Grande do Sul, um Estado da República do Brasil, no continente Americano do Sul. Aqui também se ironiza e se cultiva o bom humor, mas principalmente, lembra-se às autoridades que não se legisla ou governa de qualquer jeito, sem responsabilidade ou sem o olhar envolvente de quem está atento às coisas do mundo.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Excessos de água aumentam
100% em dois anos
Kiwal Parera, diretor do DAEB, foi a Câmara na manhã e tarde dessa segunda-feira para não explicar. E olha que tentou. Tanto que levou uma dúzia de funcionários em sua companhia. 
Existe excesso de água com cobrança injusta? Na prática, Kiwal disse que sim, porque lembrou que o leiturista pode errar. Afinal, ele é humano. Também alertou que o hidrômetro pode estar com problema. Afinal, hidrômetro é uma máquina ou algo parecido. 
Chegou em certo momento, que Divaldo Lara e Kiwal Parera começaram a discutir, e muito. Divaldo argumentou através de números que o próprio diretor levou para a Câmara. Disse que de dezembro de 2008, último mês de Mainardi na Prefeitura, e dezembro de 2010, com o prefeito Dudu, a cobrança de excesso subiu de 4.230 para 9.224. Um aumento de mais de 100%. 
Divaldo ainda disse que se a partir de 2006 foram instalados em Bagé em torno de 18 mil hidrômetros e são 9.224 excesso, isso significa que de cada dois contribuintes um paga excesso. Kiwal não gostou dessa manipulação de inúmeros e disse que Divaldo estava querendo aparecer para a TV. 
O diretor pediu que os contribuintes com problemas se dirijam ao DAEB, onde serão bem tratados, lá existe um departamento para atendê-los e, inclusive, o funcionário responsável pelo serviço falou para os vereadores. Mas, não houve jeito, não havia como convencer os parlamentares. 
Jussara Carpes destacou que quando a população procura à Câmara é porque o Executivo não resolveu.
Quanto aquela história de que o vento move ou não move o ponteiro do hidrômetro, até Kiwal Parera diz que move, sim, mas para os dois lados. E ressaltou a sucção do ar, que é aquele momento em que as bombas são ligadas e o ar é sugado. 
Edegar Franco, vereador do PT, defendeu a Lei da Física que diz que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Ou seja, a bomba é ligada, suga o ar e esse ar vai para onde quando se depara com a água no caminho? Ele volta até encontrar uma torneira para sair. Em resumo: o ar chega na casa, passa pelo hidrômetro, depois sai, passa pelo hidrômetro, vai em direção à Estação de Tratamento, encontra a água e volta para a residência, até chegar na torneira.