Excessos de água aumentam
100% em dois anos
Kiwal Parera, diretor do DAEB, foi a Câmara na manhã e tarde dessa segunda-feira para não explicar. E olha que tentou. Tanto que levou uma dúzia de funcionários em sua companhia. Existe excesso de água com cobrança injusta? Na prática, Kiwal disse que sim, porque lembrou que o leiturista pode errar. Afinal, ele é humano. Também alertou que o hidrômetro pode estar com problema. Afinal, hidrômetro é uma máquina ou algo parecido.
Chegou em certo momento, que Divaldo Lara e Kiwal Parera começaram a discutir, e muito. Divaldo argumentou através de números que o próprio diretor levou para a Câmara. Disse que de dezembro de 2008, último mês de Mainardi na Prefeitura, e dezembro de 2010, com o prefeito Dudu, a cobrança de excesso subiu de 4.230 para 9.224. Um aumento de mais de 100%.
Divaldo ainda disse que se a partir de 2006 foram instalados em Bagé em torno de 18 mil hidrômetros e são 9.224 excesso, isso significa que de cada dois contribuintes um paga excesso. Kiwal não gostou dessa manipulação de inúmeros e disse que Divaldo estava querendo aparecer para a TV.
O diretor pediu que os contribuintes com problemas se dirijam ao DAEB, onde serão bem tratados, lá existe um departamento para atendê-los e, inclusive, o funcionário responsável pelo serviço falou para os vereadores. Mas, não houve jeito, não havia como convencer os parlamentares.
Jussara Carpes destacou que quando a população procura à Câmara é porque o Executivo não resolveu.
Quanto aquela história de que o vento move ou não move o ponteiro do hidrômetro, até Kiwal Parera diz que move, sim, mas para os dois lados. E ressaltou a sucção do ar, que é aquele momento em que as bombas são ligadas e o ar é sugado.
Edegar Franco, vereador do PT, defendeu a Lei da Física que diz que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Ou seja, a bomba é ligada, suga o ar e esse ar vai para onde quando se depara com a água no caminho? Ele volta até encontrar uma torneira para sair. Em resumo: o ar chega na casa, passa pelo hidrômetro, depois sai, passa pelo hidrômetro, vai em direção à Estação de Tratamento, encontra a água e volta para a residência, até chegar na torneira.