Para quem chegou até este blog por acaso ou engano:
Aqui se escreve sobre a política e o modo de viver de uma cidade chamada Bagé, localizada no Sul do Rio Grande do Sul, um Estado da República do Brasil, no continente Americano do Sul. Aqui também se ironiza e se cultiva o bom humor, mas principalmente, lembra-se às autoridades que não se legisla ou governa de qualquer jeito, sem responsabilidade ou sem o olhar envolvente de quem está atento às coisas do mundo.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O samba enredo político de 2012
por Edegar Muza
Após a eleição comecei a assistir certas atitudes políticas que provocaram minha desconfiança. A prática do PT, desde sua fundação, era o debate interno em suas diversas correntes. Nunca vinha a público o que era debatido. 
Na convenção para a escolha do candidato a prefeito de Bagé o bicho pegou. E isto veio a público. Mainardi apoiou de saída, contra sua vontade (dela) me pareceu, a Estefania Damboriarena. Tanto Dudu quanto Delvo teriam sido preteridos. Alguns chegaram a insinuar que o prefeito deveria ter ficado na posição de juiz, sem pender para lado nenhum. Ali começou a aparecer as pendengas internas. A convenção alterou alguns ânimos a tal ponto que pouco faltou para chegar às vias de fato. No segundo turno, sem a candidata do prefeito, a disputa do voto foi intensa, tanto é verdade que a diferença foi pequena. 
Um ano após a eleição alguns setores começaram a controlar mais de perto o governo Dudu. E as desavenças foram sentidas na própria Câmara de Vereadores. O velho fogo amigo começou a funcionar. Lembro que comentei nesse espaço que o grupo do Mainardi estaria tentando desestabilizar o Dudu. Objetivo? A próxima eleição. O ex- prefeito queria (e quer?) formar uma equipe que pudesse ganhar a convenção. Encontraram a maneira criticando o governo e mostrando que ele não estaria seguindo o que prometeu. Não estaria dando continuidade aos projetos deixados pelo governo anterior. Chegou a tal ponto que Dudu teve que se manifestar (até então engoliu em seco) e pediu, via rádio, que mostrassem qual obra havia parado por falta de interesse de seu governo. Após isto ninguém mais se manifestou. Sinal, pelo menos para mim, que não encontraram. 
Hoje o movimento das correntes está centrado na filiação de eleitores. E como estão trabalhando. Já viram que o caminho é reforçar seu “time” para tentar ganhar no voto dos convencionais. Isto, sim, é legítimo. Adriana Lara é uma candidata em potencial, porém sabe que seus apoiadores dentro do partido não somam votos suficientes para ser a vencedora. Ou seja, se ela quiser ser candidata a prefeito tem que mudar de partido. Já escrevi sobre o tema neste espaço. Mesmo porque, além de ter que enfrentar o Dudu, pode ter que enfrentar a Márcia Mainardi.
O Dudu, que já ganhou a eleição interna do próprio prefeito, agora com o cargo na mão tem mais seguidores. Este é o lado da situação. Sobre a oposição, por enquanto, está tudo parado. Falam em Fernandinho e Gustavo. Divaldo Lara pode se atirar ou não. O PDT namora a Adriana e pode formar dupla com alguém do PP. O nome falado é do atual presidente da Rural. Aí teriam o reforço do Guanaco, do Lara e do Afonso Hamm. No caso, o PT iria dividido. 
Se o Dudu ganhar a convenção não terá no mesmo palanque a corrente do Mainardi. Se o candidato (a) do Mainardi vencer acontecerá o mesmo com a corrente do Dudu. 
Que samba enredo! Ou não?