No ano passado, escrevi em Pílulas Políticas do Jornal Folha do Sul que seria o melhor nome para Bagé. Sapiran Brito foi o idealizador da pasta, uma luta que começou há 24 anos, quando era diretor de Cultura na primeira gestão do prefeito Luiz Alberto Vargas.
Sapiran tem proximidade com as artes, todas elas, da escultura ao teatro, passando pela literatura, pintura, música e cinema. Tem intimidade com a cultura popular, do folclore à religião, do esporte ao carnaval, mas acima de tudo, ele desfruta do respeito da classe artística e cultural da cidade.
Nos dois mandatos do PDT na Prefeitura, de 1986 a 1989 e de 1993 a 1996, Sapiran Brito idealizou a Casa de Cultura Pedro Wayne, o Centro Cultural Tarcísio Taborda e resgatou o Palacete Pedro Osório para o município, que estava cedido ao Estado. Criou ou adaptou eventos de cultura popular como o Som na Praça, A Paixão de Cristo e o Auto do Amor Menino (teatro de massas). Idealizou o Corpo de Dança, a Banda e o Grupo de Teatro, todos municipais.
A Casa de Cultura serviu como palco de debates sobre os rumos da cultura em Bagé, discutindo a raça negra, a umbanda, o artesanato típico, as artes plásticas, os festivais de música e de teatro, mas principalmente a descentralização dos atos culturais de governo.
Sem dúvida, um grande nome, que não sabe ficar calado quando criticado. E, detendo a confiança do prefeito, vai além da pasta que ocupará, abrindo o debate sobre o governo.
PDT
Quanto ao PDT, seu partido, Sapiran Brito deve ter apoio dos diretórios estadual e nacional, afinal a ordem de Carlos Lupi, o ministro do Trabalho e presidente da sigla é de aproximação com o PT. Portanto, uma expulsão em Bagé, como já foi anunciada caso a notícia se confirmasse, não deve provocar nenhum efeito.
