Edegar Franco e Gustavo
Morais fazem demagogia
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Secretário não poupou nem o antigo chefe, Mainardi |
O secretário municipal de Atividades Urbanas, Eduardo Mendes, considera demagogia o que tem ouvido dos vereadores Edegar Franco, do PT, e Gustavo Morais, do PMDB, em relação à gratuiedade da passagem integrada no transporte coletivo de Bagé. “Eu era o secretário dos Transportes quando assinei a ordem de serviço da passagem integrada”, comentou Eduardo Mendes, citando a página 145 do edital de licitação, que, em resumo, não define a gratuidade do serviço.
Quinta-feira, 14, na tribuna da Câmara, o vereador Edegar Franco disse: “Hoje está se completando um ano da ordem de serviço que autorizou a cobrança de 50% do valor”, referindo-se ao preço da passagem quando integrada. Aliás, Edegar deu até uma de matemático de aldeia ao calcular que 500 usuários utilizam esse tipo de passagem por dia, o que totaliza, “a grosso modo”, segundo ele, 15 mil reais por mês e 180 mil por ano. Dinheiro que, na opinião do vereador, a população poderia ter economizado, mas foi para os cofres das empresas de ônibus que atuam em Bagé.
Por sua vez, o vereador Gustavo Morais contou que foi à Promotoria Pública para que seja buscada na Justiça o cancelamento da cobrança de 50% na passagem integrada.
A vereadora Sonia Leite, do PP, chegou a protestar com um questionamento: “E quem já pagou, como é que fica?”
Diante destes fatos, Eduardo Mendes resolveu sair de sua postura pacífica e partir para o ataque. Lembrou que quando o prefeito Dudu Colombo assumiu em 2009, ele estava indo para a Secretaria de Planejamento, mas foi para a Secretaria dos Transportes “porque o pepino era muito grande”. Ou seja, o novo sistema de transporte coletivo deixado pelo ex-prefeito Mainardi “era uma caos”, não contemplava ônibus para escolas, como o Justino Quintana, para a Rodoviária, Quartel do MEC, entre outras áreas da cidade.
O secretário questiona:“Se Mainardi queria a gratuidade porque não escreveu no edital, bem claro?”
E complementa: “Tu não tens ideia de como estava esse sistema, era reclamação em cima de reclamação.” Segundo Eduardo Mendes, quando o sistema começou a ser implantado o governo de então pensou que teria um resultado e teve outro, “bem diferente”.
Em resumo, a “turma” que instalou o sistema foi incompetente.
Para não perder o humor, o secretário cita uma frase de Jesus Cristo, em tom de brincadeira, mas que pode servir aos vereadores em questão: “Perdoa-os, eles não sabem o que fazem!”