Para quem chegou até este blog por acaso ou engano:
Aqui se escreve sobre a política e o modo de viver de uma cidade chamada Bagé, localizada no Sul do Rio Grande do Sul, um Estado da República do Brasil, no continente Americano do Sul. Aqui também se ironiza e se cultiva o bom humor, mas principalmente, lembra-se às autoridades que não se legisla ou governa de qualquer jeito, sem responsabilidade ou sem o olhar envolvente de quem está atento às coisas do mundo.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Texto de João Batista Benfica
Considerações sobre
o Estacionamento Pago
e uma profecia
Aproveito a véspera da implantação do estacionamento pago para algumas singelas considerações:
1.     O estacionamento pago nada mais é que um novo imposto que será arcado por quem normalmente se queixa (alguém não?) do excesso de tributos que se paga no País. Quem apoiou o imposto deve enfiar a viola no saco daqui por diante, afinal, ajudou a criar mais um.
2.     Trabalho há mais de 20 anos no centro da cidade, isto é, a empresa em que trabalho sempre ficou na volta da área mais central, que é onde, dizem, não há estacionamento. Pois digo e assino embaixo que em 20 anos nunca tive problema para encontrar vaga para estacionar. Nunca. Por uma razão muito simples: não me irrito nem reclamo por não ter vaga na frente do local onde preciso chegar. Duas quadras para frente, duas para o lado e se acha estacionamento com a maior facilidade. A falta de estacionamento que reclamam nada mais é do que preguiça de caminhar duas quadras.
3.     O outro argumento é descabido. ‘Se for pago vai ser possível estacionar onde se quer’. Lindo. Pagando, e não apenas isto, com o inteligente sistema que adotaram, as pessoas terão que se dar conta que precisam ter o tíquete de estacionamento. Ou seja, terão que ir a algum lugar para comprar, ou, como a vida é tranqüila e sem preocupações, poderão se planejar para comprar uma determinada quantidade que terá que ser renovada e assim por diante. É quase a perfeição. Quem apóia a idéia terá não apenas que pagar como também ter a preocupação de comprar os tais tíquetes, quando terminar comprar de novo e assim por diante.
4.     Outro argumento que ouço é que tem gente que estaciona de manhã e sai de tarde, e que tem vendedores de carro que estacionam sua mercadoria e deixam o dia inteiro estacionada. É a velha cretinice bageense. Se as pessoas cuidassem menos a vida dos outros, não criariam este dragão que agora está instituído e que irá tomar seu dinheirinho para a Prefeitura ter mais uma nova fonte de receita.
5.     Faço uma convocação, aliás, duas: que as pessoas se deem conta da bobagem que permitiram fazer (com sua omissão), e que não usem a área paga. Vão caminhar um pouco mais, mas isto não é ruim tem gente gorda em excesso nesta cidade. É a forma possível de não deixar que se estabeleça esta coisa antipática de ter que pagar para estacionar o carro.
6.     Por fim uma profecia: a Prefeitura não tem capacidade de gestão para cuidar disso, coordenar, controlar o ‘caixa’, horários, gente, etc. Em seguida o tal sistema de estacionamento vira uma esculhambação (mas aí já não sei se é esperança ou uma inusitada capacidade de prever o futuro). Quem viver verá.